sábado, 26 de julho de 2014

Grécia

Nem acredito que já estou indo. Mal cheguei! Ainda há tanto pra ver!
A Grécia é um país onde se respira História e cultura: em todo canto se vê referências a seus Deuses esplendorosos, suas tradições, sua arquitetura. Conbimando, na arte de museus, praças e estações de metrô, o que há de mais antigo com tecnologia de última geração.
A natureza é um pouco diferente do que estamos habituados. Apesar do calor, não há aqui a fertilidade do solo como acredito que só o Brasil possua (ainda que não saibamos aproveitar, mas isso é assunto de outro post); tudo é basicamente uma vegetação simples e rasteira, mesmo nos lugares mais "selvagens" a mata não reina, não se impõe sobre tudo. Interessante também é a presença das rochas na formação da paisagem, desde o centro da cidade às praias mais longínquas. Faixa de areia? Não como no Brasil. Algumas praias tem sim, mas é uma areia mais grossa. Outras praias são meramente rochosas. Talvez por isso a água seja tão cristalina, não o tom marrom que estou acostumada (por favor, sem entrar no mérito da educação - ou falta de - do ser humano; me refiro à natureza em si). Sobre as rochas encontram-se corais, ouriços, peixinhos. Parece muito mais lindo olhando de cima, mas confesso que fiquei com nojo e entrei de Havaianas. Ouriços e peixes vivos esbarrando no meu pé não me agradam muito, descobri. Dei um pequeno mergulho, segurando as tiras dos chinelos pelos dedões e logo saí!
Falando em Havaianas, se você for desatento como eu, e trouxer apenas um par de chinelos para a Europa, saiba que você vai voltar para casa levando somente esse par. Chinelos brasileiros são absurdamente caros por aqui! Ipanemas em torno de 20/25 Euros e Havaianas em torno de 35. Daquelas simples mesmo, só com a bandeirinha do Brasil na tira. Eu não pago nem R$35 nisso, muito menos €35. Em compensação, todo o resto é mais barato. Dica: evite fazer conversões e comparações com a moeda e os produtos no Brasil, a não ser que seja de extrema necessidade. Porque os artigos são mais baratos sim, mas se você calcular em Reais, doi no bolso e você não leva. "R$100 num batom?! Nunca!". Mas faça um favor a si e mude seu pensamento para "€30 num MAC? Me dá 3!". Eu e minha mãe optamos por apenas um dia de compras, senão não teríamos dinheiro para comer futuramente. Mas deu tudo certo, sobrevivemos. Pelo menos aos primeiros dias de turismo.
Incrivel aqui é que devido à presença de tantos turistas (e nem me fale em brasileiros... Ô raça! Eu vim fugir disso, mas parece praga!), todos aqui falam inglês. Você não precisa perguntar. Eu, diversas vezes, não perguntei. Saí falando com eles e fui atendida em 100% dos casos. Não digo que todos são formados em inglês, mas cada profissional sabe o suficiente de sua área para interagir com o turista. E você aí que tem preguiça de estudar, fala que vai largar a escola e trabalhar no Mc Donald's teria problemas aqui: porque até eles mandam ver em inglês, francês e italiano. Impressionante.
Então, adeus, Grécia. Obrigada por ter deixado em mim não só sua cultura milenar, imensa e encantadora; mas também a certeza de que eu não nasci para viver a vida no ninho. Obrigada por despertar em mim esse desejo insaciável de conhecer, possuir e dominar. No bom sentido. Dominar lugares e idiomas. Me virar, me perder, pedir informação. Respeitar as diferenças. Espero que tudo isso me faça uma pessoa melhor, uma profissional mais preparada. Quatro dias com aprendizado de muito mais.
Tenho de ir agora, mas eu volto. Se Deus, digo, os Deuses me permitirem.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

"Malta? Onde fica isso?"

Foi a minha primeira reação quando me indicaram esse lugar. Que até então eu não sabia nem se era um país, uma vila, uma fazenda... Eu não lembrava de ter ouvido falar de Malta, ou de nada que viesse de lá. A não ser aquele cachorro, o maltês, que eu nem sabia se era mesmo de lá. Mas a curiosidade pertinente no fundo da minha alma jornalista foi investigar. E confesso que foi amor à primeira vista. E olha que foi por fotos!
Malta é um pequeno país formado por um arquipélago no sul da Europa, mais precisamente no Mar Mediterrâneo. Estrategicamente localizado, foi território disputado em diversas guerras e dominado por povos fenícios, árabes, normandos, espanhois, franceses e, por fim, britânicos - que deixaram seu idioma como oficial do país, em conjunto com o idioma maltês.

Sua economia é baseada na indústria em geral e no comércio com países da África e da Europa. O turismo também é explorado, mas de forma mais singela que países como França, Espanha, Itália, Alemanha e Reino Unido, que lideram o ranking de procura no continente. Malta é realmente um país para relaxar, conhecer riqueza cultural, religiosa e histórica - nada de cultura de massa. O que certamente atrai visitantes são as belas praias do país, com a transparência da água e mergulhos com peixes e golfinhos.

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Para quem quer saber de mim: estou indo aperfeiçoar meu inglês. Escolhi Malta por todos os motivos que listei acima e pelo tipo de curso e acomodação que me foram oferecidos; ficarei lá por três meses. Bastante tempo, até, para quem nunca fez uma viagem desse tipo. Sozinha. Mergulhada numa nova cultura, respirando novos ares, fazendo a própria comida e lavando roupa. Socorro!
Essa última semana foi de doer, confesso. A ficha caiu quando todos começaram a se despedir e me desejar boa viagem. Deu vontade de soltar uma gargalhada nervosa e responder: “Eu não vou, não, gente! Brincadeirinha!”. Mas isso tudo foi provocado exclusivamente por medo, e ansiedade. Estou tentando controlar.
Sexta-feira passada foi o exame cardíaco. Passei, felizmente! Minha festa de despedida não-tão-surpresa-assim foi linda, um sucesso. E a real surpresa foi o vídeo que o pessoal preparou. Me derramei em lágrimas, droga \:
O fim de semana foi dos últimos ajustes, revisão nas malas, documentos, despedidas da família e ontem finalizei tudo. Fechei. Tranquei. Já era.
Daqui a algumas (poucas!) horas estou embarcando para a maior loucura aventura da minha vida! E o coração saindo pela boca!
Não vou direto para Malta, antes que vocês se espantem com as fotos que verão primeiro. Antes, preciso aproveitar a oportunidade na Europa e a companhia de minha mãe e meu irmão e dar uma volta em lugares que sempre sonhei conhecer: Grécia e Itália. Será incrível!
Aí sim, em alguns dias, eu chegarei em Malta e me despedirei deles, que voltarão embora e me abandonarão (com todo o zelo do mundo!) no total desconhecido.
Boa viagem pra nós, e até a próxima!
Deixo vocês (babando) com as fotos mais lindas que pude selecionar. Beijão!