Roma tem de ser eterna mesmo. Para que todos possam visitá-la pelo menos uma vez na vida. Primeira parada foi a Basília de Santa Maria Maggiore, (super bem recomendada por um amigo!), que abalou minhas pobres estruturas. Sem palavras para descrever o que é aquele lugar. Só me deu vontade de me ajoelhar no chão e chorar (muito!), rezar e agradecer. Certamente voltarei um dia com mais calma para uma missa.
Mas Roma tem tantos encantos que fica até difícil de escolher. Você está andando numa rua estreitinha no centro da cidade quando, de repente, sai numa avenida, olha para cima e o Altare Della Patria está ali na sua frente! Juro que meu coração disparou! Principalmente por saber que ele é a "porta de entrada" da Roma Antiga e que o Coliseu estava ali atrás, em algum lugar.
Antes de continuar, resolvemos tomar mais um delicioso Gelato e recuperar as energias, porque a caminhada não é brincadeira.
Depois do sorvete Gelato atravessamos o imaginário túnel do tempo e estávamos lá. Não sei se foi apenas um dos efeitos da cidade em mim, mas eu realmente via gladiadores andando por ali. É possível. É nítido! Dá até uma vontade muito louca de se render ao Império. Também imaginei semideuses trabalhando ou lutando contra monstros - logo lembrei de Jason Grace e todo o Acampamento Júpiter.
A fila do Coliseu é relativamente longa, mas não deixe de ir.
O interessante é que eu sempre o imaginei maior! Não tenho como explicar, é algo que você só pode ter noção vendo, vivendo. E (de novo!) cheio de subidas e descidas, haha. A essa altura do campeonato, as pernas já deveriam estar acostumadas, não? Não.
Saímos do Coliseu e atravessamos o Arco de Constantino. Com muitas e muitas fotos, é claro. Nosso último fôlego do dia foi para visitar o Fórum Romano e o Palatino, construções que se apresentam como uma só. Haja joelhos para subir e descer!
Pegamos um ônibus de volta para o hotel e morremos dormimos até o dia seguinte, que guardava a visita mais emocionante da viagem toda.
"Habemus Papam!", era só o que eu conseguia pensar em todo o caminho até lá. E, assim como o Capitólio, a Praça São Pedro (ou Piazza San Pietro) surgiu diante dos meus olhos. E com ela, as lágrimas. Eu não acreditava que me encontrava a uma quadra dela. Dali. Da Casa do meu Pai. Tentei manter as pernas fortes para não derreterem - nem de emoção, nem de calor - e com a minha mãe e meu irmão caminhei até lá.
Preciso dizer que me surpreendi com a velocidade que a fila da entrada avançou. Imaginei que levaríamos muito mais tempo para entrar. Até que não. E quando subimos fomos direto para a lojinha. Ai, meu coração. Tive que me segurar para não comprar tudo que via! Um terço mais lindo que o outro, e todas as imagens e outras coisas que haviam lá.
Mas nada se compara com o que eu senti quando consegui a primeira visão do interior da Basílica. Eu não acreditava que estava ali. De verdade. E meus olhos já não sabiam mais para onde olhar. Eles queriam tudo. De preferência, ao mesmo tempo. Me ajoelhei bem devagar, fiz o sinal da Cruz, dei "bom dia" ao meu Pai, pedi licença e entrei na casa Dele. E mesmo em meio àquela multidão, eu não via ninguém. Além de mim, só havia mais alguém ali. E Ele realmente estava, sem dúvida alguma.
Impossível explicar o que o coração sente ali. Cada um reage de um jeito. Não chorei logo de cara, como foi na Santa Maria Maggiore, admito. Mas acho que não chorei porque fiquei cerca de 3 minutos com a boca aberta, escancarada. Só olhando e olhando... A grande Basílica abriga inúmeras capelas - todas espaçosas, com muitos bancos e imagens tão lindas que dá vontade de ficar sentado ali por horas e horas. E por que não? Quer lugar melhor para bater aquele papo com Deus? Falar da sua vida, agradecer, pedir, talvez. Apesar de grande, a Basílica de São Pedro é aconchegante e convidativa. Sei lá. São palavras que me vêm à cabeça agora, quando me lembro.
Depois de um tempo lá dentro (que não sei definir se minutos ou horas), saímos e fomos comer alguma coisa antes da segunda parte da visita: o Museu do Vaticano e a Capela Sistina. Nossa! E eu que estava pensando que já tinha parado de andar tanto. Me deu uma super vontade de voltar lá no dia do Pathernon e dizer pra mim mesma: "sabe de naaaaaada, inocente!".
O Museu do Vaticano é - adivinha só! - ENORME. Há! Na verdade, é um conjunto de coleções que se juntam e formam um dos maiores museus do mundo. Coleções feitas ao longo de todos os tempos pelos papas foram finalmente concentradas em 1771 pelo Papa Clemente XIV e depois reestruturada pelo Papa Pio IX, e surgiu assim a primeira seção do complexo: o museu Pio-Clementino.
As obras vão desde o Antigo Egito, com múmias, artefatos e inscrições, até obras de arte moderna. Cada Papa deixa sua marquinha no museu como quer. E o acervo é impressionante. O "problema", para mim, foi o mesmo de Pompeia, porque da metade para frente eu já não conseguia mais me interessar ou concentrar. De tão cansada. E eis aqui uma desvantagem em relação à antiga cidade do Império Romano: pelo menos em Pompeia se você se cansar, pode "simplesmente" descer e sair. E no Museu do Vaticano isso é impossível, já que há 472 mil pessoas atrás de você (ok, talvez eu tenha exagerado... mas você entendeu) e NÃO EXISTE saída no meio do caminho :D adorável, não? Mas acredito que seja mesmo para te obrigar a ver tudo, hahaha.
E a joia da coroa, para mim, ainda estava por vir. Principalmente por ser um lugar onde não se pode tirar fotos, com raras exceções. Algo que eu só veria se continuasse. Porque ela fica no fim (do fim, do fim, do fim!!!!!!!!!!) do museu. A Capela Sistina.
A maior obra de arte do mundo. Porque ela toda é considerada uma obra só. Não existe um centímetro que não esteja pintado. E muito bem pintado, diga-se de passagem. Passaram por ali os pinceis de Michelangelo, Rafael,Leonardo e Donatello, as Tartarugas Mutantes Ninja, Bernini e Sandro Botticelli. Alguns dos maiores pintores do Renascimento e de toda a história. E depois de placas e mais placas, finalmente atravessamos um portão e já estávamos lá dentro. Sem mais escadas ou pegadinhas. É impressionante. Realmente impressionante. Obvio que não há mais bancos, para comportar o grande número de visitantes - imagine só essa gente toda lá ainda tendo que desviar dos bancos -, e se fiquei 10 minutos lá dentro, é muito. Porque a fila (infelizmente, a essa altura) anda. Há mais gente atrás de você. E quem estava à sua frente, até então desesperado para sair daquele museu infinito, já não quer mais andar. A vontade que dá é de sentar no chão e ficar só admirando. Importante dizer que não se pode tirar fotos, há placas de aviso por todo o caminho.
Ah! "A Criação de Adão"? Em torno de 15 metros quadrados.
Pequena, para o que eu sempre imaginei.
Mas o teto todo, feito por Michelangelo, é como uma história em quadrinhos do Velho Testamento. Se você tentar acompanhar enquanto anda, cuidado para não bater em ninguém (você vai bater, sinto dizer). E os funcionários não tem dó, nem piedade. Ficam pedindo mesmo para avançar e um alto falante muito chato gritando em alguns idiomas sobre não parar no meio da Capela. Então qual é o propósito de algo tão lindo que não se pode admirar? Ainda não descobri. Mas não me arrependo de nem um segundo lá dentro. Nem o cansaço que senti no museu para chegar até lá. Nem de tudo que andei na Roma Antiga, ou mesmo em Pompeia. Se tem uma coisa que eu amo é conhecimento, cultura. E respirei isso em cada lugar que passei.
E a joia da coroa, para mim, ainda estava por vir. Principalmente por ser um lugar onde não se pode tirar fotos, com raras exceções. Algo que eu só veria se continuasse. Porque ela fica no fim (do fim, do fim, do fim!!!!!!!!!!) do museu. A Capela Sistina.
A maior obra de arte do mundo. Porque ela toda é considerada uma obra só. Não existe um centímetro que não esteja pintado. E muito bem pintado, diga-se de passagem. Passaram por ali os pinceis de Michelangelo, Rafael,
Ah! "A Criação de Adão"? Em torno de 15 metros quadrados.
imagem retirada de Epoch Times
Pequena, para o que eu sempre imaginei.
imagem retirada de Wikipedia
Mas o teto todo, feito por Michelangelo, é como uma história em quadrinhos do Velho Testamento. Se você tentar acompanhar enquanto anda, cuidado para não bater em ninguém (você vai bater, sinto dizer). E os funcionários não tem dó, nem piedade. Ficam pedindo mesmo para avançar e um alto falante muito chato gritando em alguns idiomas sobre não parar no meio da Capela. Então qual é o propósito de algo tão lindo que não se pode admirar? Ainda não descobri. Mas não me arrependo de nem um segundo lá dentro. Nem o cansaço que senti no museu para chegar até lá. Nem de tudo que andei na Roma Antiga, ou mesmo em Pompeia. Se tem uma coisa que eu amo é conhecimento, cultura. E respirei isso em cada lugar que passei.
Comentário final sobre a Itália?
Sim, vai deixar saudades.
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